sexta-feira, 22 de maio de 2009

ESC 2009

O Eurovision Song Contest (em português, o Festival Eurovisão da Canção) deste ano revelou, a meu ver, um cardápio extremamente interessante de músicas. Note-se a música portuguesa “Todas as ruas do amor”, longe de ser a melhor nos palcos da Eurovisão é certo, mas que demonstrou a alma portuguesa com os ritmos bem marcados do folclore português, esboçados pelos populares cavaquinho e acordeão. Faltou, digo eu, um qb de brilho, de espectacularidade, falha que não foi tão evidente na actuação dos Moldavos, apesar de terem apostado igualmente na música popular do seu país.




No entanto, muitas foram as músicas que brilharam naquele palco e regalaram de facto os ouvidos, do mais leigo ao mais crítico; realço Sasha-Son da Lituânia que usando um timbre muito peculiar na voz, tornou a sua interpretação sublime. Ainda no campo vocal sobressaiu o desempenho da potentíssima voz da Britânica Jade Ewen. No campo dos instrumentos, o admirável som dos Cellos da Estónia. É claro que também marcaram presença neste festival da canção músicas de estilo mais ligeiro, comercial, vulgos “pimbas” apenas camuflados pelas línguas estrangeiras.


A vencedora, “FairyTale” da Noruega transpareceu desde a semi-final uma enorme qualidade na linha melódica, no ritmo simples e scherzzado das estrofes, na harmonia arrojada das vozes, e nos acordes “nórdicos” do violino nos interlúdios musicais que direccionam o nosso subconsciente para as lindíssimas landscapes norueguesas. Até as fantásticas acrobacias dos bailarinos imprimiram a tão desejada espectacularidade.